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segunda-feira, 3 de maio de 2010

PLATAFORMAS DE BALDEAMENTO

Investe aqui e ali. Não te aconselhamos a investir acolá.
Os sinais encapotados, indicativos das prioridades geográficas de investimento, são o prenúncio das desigualdades territoriais, a machadada no desenvolvimento harmónico, sustentado e complementar da economia duma Região.
Mas, não é enterrando a cabeça na areia, à espera dum “salvador”, ou que os especuladores se enterneçam, que se muda o rumo das decisões políticas. É intervindo activamente. É participando e mostrando a revolta que tentamos, em vão, apaziguar que se pode mostrar o nosso descontentamento.

domingo, 7 de março de 2010

Toma lá o subsídio e desenrasca-te

O Governo Regional anunciou com pompa e circunstância a nova logística de viagens marítimas entre as Ilhas do Triângulo, exigindo à concessionária um determinado número diário de viagens.
Descobriu a pólvora. Mas não procurou saber se os horários a praticar resolvem o problema de quem, diariamente, utiliza esses circuitos, nem qual a melhor logística de interligação com os transportes públicos terrestres de cada localidade.
Forneceu as armas e as munições, esqueceu-se de ensinar como se dispara.
Mantém-se a prática incongruente de medidas extemporâneas, sem uma estratégia devidamente ponderada.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

INCONGRUÊNCIAS E CONTRADIÇÕES

Como se pode entender que os nossos representantes municipais e do tecido empresarial se tenham, recentemente, insurgido contra a ideia de não considerar o Triângulo composto pelas ilhas São Jorge, Pico e Faial um destino turístico com características específicas e poucos meses depois digam, agora, que nem se lembram do episódio e que o que “está a dar” é a promoção do Grupo Central?!
Vá-se lá entender que “puxão de orelhas”, ou “cenoura”, terá operado tão radical mudança de objectivo!
O desplante ultrapassa os limites da lógica e roça mesmo o atentado à inteligência das pessoas que, estupefactas, nem querem acreditar. Pasme-se, ainda mais, quando se assiste ao afino do representante máximo do nosso tecido empresarial no mesmo tom e ensaiando a mesma marcha fúnebre com que pretendem “abrilhantar” o enterro das Ilhas do Triângulo.
A ideia destas ilhas, unidas na sua complementaridade, não só no aspecto sentimental que já existe, mas também no económico que se pretende dinamizar, representa um peso político que “mete medo” à “gente” do poder instituído, “aquela gente” que vive do expediente, do dividir para reinar.
Não se cria a unidade por Decreto. Ela cimenta-se, sim, no somatório dos pequenos contributos e pela participação consciente de cada um, consoante a sua capacidade. Não é cerceando potencialidades natas que se progride, mas, pelo contrário, incentivando-as, apoiando-as e promovendo a sua integração harmoniosa no colectivo estratégico.